segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O PÓS-MODERNISMO TROPICALIENTE


Alegria, Alegria
Caetano Veloso

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não...
Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento,
Eu vou...
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...
Por que não, por que não...

Tal movimento promove a hibridação entre estilos musicais, característica pós-moderna.




Rupturas estéticas e linguagem plural, o movimento deixou as suas marcas mais profundas na MPB.
 

Alguns participantes do movimento:
Caetano Veloso;
Gilberto Gil
Gal Costa;
Tom Zé (da Banda Mutantes);
Nara Leão, etc.
 





Como disse o humanista Walter Haddon " A música é o remédio da alma triste"
A Tropicália durou pouco mais de um ano, devido a repressão da ditadura, no entanto, como movimento transformou a cultura Brasileira. 
Com a moda hippie de cabelos longos encaracolados e as roupas escandalosamente coloridas e uma linguagem renovada.

A MÚSICA DA DITADURA



Os tropicalistas criticavam a forma de governo ditador e buscavam a liberdade de expressão do brasileiro.